Setembro amarelo

Setembro amarelo

O mês de setembro é marcado como o Mês de Prevenção ao Suicídio. Em razão disso, desde 2015, algumas associações como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) se mobilizaram para criar o “Setembro Amarelo”, uma campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada dez mortes por suicídio, nove poderiam ser evitadas caso ajuda especializada tivesse sido buscada há tempo. Somente no Brasil, 32 pessoas se matam por dia e, no mundo, há uma morte do tipo a cada 40 segundos. Tais dados alarmantes nos levam a uma séria reflexão: o que vem acontecendo com nossa saúde mental? O que impede que as pessoas acometidas por transtornos mentais, como a depressão ou o transtorno bipolar, busquem ajuda?
Imagine a seguinte situação: você descobre que é hipertenso e que precisará passar por acompanhamento médico e fazer uso de medicamentos por toda a vida, já que não há uma cura para a pressão alta. Você deixaria de tomar o medicamento para não ficar dependente de remédios?
Se você fosse acometido por diabetes deixaria de procurar ajuda médica porque alguém lhe disse que “isso é só uma fase” e que o diabetes vai melhorar se você tiver força de vontade?
Quando o assunto é saúde mental é muito comum surgirem comentários como “isso vai passar, é só uma fase”, “isso é falta de fé”, “arrume outras ocupações e tudo ficará bem” ou até mesmo “você tem uma vida tão boa e não deveria arranjar doenças”. Esquecemos que a saúde é definida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e que transtornos mentais necessitam de acompanhamento Médico, Psicológico e que seguir as orientações desses profissionais não faz ninguém “menos forte”.
Se você sente que algo não vai bem em sua vida ou conhece alguém que necessita de ajuda, busque orientação especializada. Ofereça ajuda! Lembre-se de que a saúde é o bem mais precioso que temos e que sem saúde mental, não há saúde!